História do surf feminino - uma onda subindo no Brasil

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    A História do Surf Feminino

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Para que você possa entender a importância dessa ascensão do surf feminino, temos que voltar no tempo e ver toda essa história de luta por igualdade em um espaço desde sempre monopolizando pelos homens. Hoje em dia conquistado por elas, ainda não de forma totalmente igual, mas com um belo caminho percorrido e um futuro muito promissor.

COMO COMEÇOU O SURF FEMININO MUNDIAL

A história do surf teve registros de início no século XVI, sabe-se que a mais antiga prancha de surf datada em 1600 vem do local onde descansa a Princesa Kaneamuna em Ho’okena na Big Island, de acordo com o Centro de Cultura e Patrimônio do Surf em San Clemente. O surfe era uma atividade comunitária nas ilhas, tanto para homens, mulheres e crianças de todas as classes sociais, era praticado por nobres reis e plebeus. Embora todos tenham surfado, foram os homens que dominaram o esporte.


No século XX tivemos uma notável surfista, Isabel Letham fez história e foi considera pioneira do surf moderno (em pé), em 1915 quando foi treinada pelo havaiano Duke Kahanamoku que levou a “nova” modalidade para a Austrália.


No universo das competições, James Cromwell surfista havaiana, também treinada pelo campeão de surfe e nadador olímpico Duke Kahanamoku. Tornou-se a primeira mulher a competir profissionalmente, no ano de 1939, venceu em primeiro lugar em um campeonato realizado na Praia Waikiki. Abrindo espaço para as mulheres no mundo das competições, onde ganhou muitas delas no surfe e remo.

Isabel Lethan

COMO COMEÇOU O SURF FEMININO BRASIL

No Brasil também tivemos grandes pioneiras surfistas, a primeira a se destacar foi Margot Rittscher, uma norte americana naturalizada brasileira, que morava na cidade de Santos no litoral paulista. Ela surfava na década de 30, uma década considerada como os anos das incertezas e marco divisor de águas da História brasileira. Ela enfrentou muito preconceito para poder surfar suas ondas, em uma “tábua havaiana” tinha grande apoio e incentivo do seu irmão e foi assim que surgiu a nossa primeira surfista brasileira.

Margot Rittscher

COMO COMEÇOU O SURF FEMININO PROFISSIONAL NO BRASIL

A nossa primeira surfista profissional veio somente depois de 50 anos, foi em 1980 que Brigitte Mayer começou a competir, brasileira de Maricá no Rio de Janeiro, surfava com as irmãs, onde uma incentivava a outra. Foi a primeira surfista brasileira a disputar uma etapa do Circuito Mundial em 1990, assim se tornando ”profissional”, pois no Brasil ainda não existia circuito feminino profissional, somente amador e por isto ela ficou 2 anos sem competir, para poder voltar ao amador e competir dentro do Brasil. Conquistou o seu pódio como campeã brasileira aos 30 anos de idade e competiu até os 40. Abrindo portas para muitas outras mulheres no cenário do surf feminino, ela recentemente se tornou a primeira mulher presidente da Associação de Surfe Profissional (ASP).

Brigitte Mayer e foto do Rick Werneck.

Andrea Lopes veio logo depois como a primeira brasileira a conquistar um título de uma etapa do WCT, em 1991. Nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro, é vencedora de nove títulos brasileiros entre amadores e profissionais e um título Pan-Americano, é referencia para muitas meninas iniciantes até hoje. Aos 20 anos, sofreu de anorexia nervosa, resultante de uma rígida dieta voltada para as competições. A surfista chegou a pesar 38 quilos! (link nutri Camila). Consagrou-se como treinadora em 2017 ao se tornar líder da equipe brasileira de surf, hoje atua como empresária revelando e treinando novos talentos na sua escolinha que é um sucesso.

Andrea Lopes e foto do RicoSurf.

Tivemos uma grande competidora que começou a surfar com 9 anos de idade e que por muito pouco não trouxe o título de campeã mundial, o WCT para o Brasil. A Jacqueline Silva, mais conhecida como Jacque Silva, chegou muito perto sendo vice-campeã mundial em 2002. Elevando o nível de surf feminino e competindo de igual para igual com as Havaianas e Australianas, a manezinha da Ilha de Santa Catarina venceu etapas do circuito de elite e também foi bicampeã do WQS, que é divisão de acesso do CT, em 2001 e 2007. A Jacque é uma grande incentivadora do surf feminino em Florianópolis, ela dá aulas de surf na Barra da Lagoa e tem um projeto que inclui surf trip para mulheres, o Elas Tambem Dropam, juntamente com a surfista Tina Vilela. Essas trips de surf têm como destinos a Costa Rica, Peru e El Salvador, isso ajuda a elevar muito o nível de surf das mulheres, um passo fundamental e importantíssimo para a evolução do surf feminino.

Jacqueline Silva e foto da Mariana Piccoli

Assim como Jacqueline Silva, Silvana Lima também bateu na trave por duas vezes, quase conseguindo conquistar o título mundial, em 2008 e 2009, foi vice-campeã do WCT. Uma cearense talentosa da cidade de Paracuru, filha de uma dona de barraca de praia, já nasceu com os pés na areia, ainda criança pegava escondido as pranchas dos irmãos para surfar. Silvana começou a competir profissionalmente em 2002, atingindo a marca de melhor surfista brasileira por oito vezes. Hoje com 35 anos ela ainda é uma grande atuante no cenário profissional do surf feminino, a maior campeã brasileira de etapas do WCT, com quatro troféus. Sua ultima grande conquista foi a vaga para representar o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, adiada para 2121. Uma inovadora de manobras radicais, e com treinos intensos, as lesões acabam ser tornando muito comuns, por isso ela já passou por quatro cirurgias, duas em cada joelho. Uma grande surfista que até hoje vem batalhando em busca de patrocinadores, que ainda são bem poucos, quando se comparado ao masculino. Uma atleta de alto nível, inspiração para o surfe feminino que merece ser muito mais valorizada e reconhecida. Confira o vídeo abaixo com a onda em Snapper Rocks, uma nota 10 da nossa super atleta.

SURF FEMININO PEDE DIREITOS IGUAIS

Atualmente o time de surfistas brasileiras conta com algumas promessas que estão brilhando nas ondas! Inclusive hoje é um dos poucos esportes que incentiva financeiramente de forma igual na suas premiações, tanto para os atletas da categoria do masculino e feminino. Isso vale quando falamos da maior organização de competição profissional do esporte a WSL. Uma grandíssima conquista das atletas, que só ocorreu a partir do ano passado 2019, agora todos os eventos organizados diretamente pela WSL terão premiações iguais. Essa é a primeira e talvez a única liga esportiva global a promover a igualdade da premiação em dinheiro para homens e mulheres! Inacreditável não é mesmo? Uma vitória muito importante para muitas mulheres que se dedicam ao esporte, pois abre portas para elas surfarem por um futuro melhor e com mais oportunidades. Com isso temos a confiança que a nossas futuras atletas serão remuneradas de forma justa para que o esporte continue a crescer entre o publico feminino.


As marcas de surfwear têm muito a ganhar com isso, apesar de parecer que os grandes empresários do ramo ainda não se deram conta. Pois falta patrocínio para muitas atletas de ponta, é preciso apoiar mais as mulheres para que o surf feminino continue a crescer! Um publico ainda carente de produtos específicos, que muitas vezes achamos em excesso para os homens e temos dificuldade de achar para as mulheres.



É importante ressaltar que as mulheres estão historicamente presentes no mundo do surf, desde os primeiros registros. O que sempre faltou e que falta até hoje é apoio financeiro, assim teremos aperfeiçoamento das nossas atletas para continuar dando show de surf. A Um grande passo já foi dado pela WSL, agora é correr atrás do tempo que foi perdido pela opressão de uma sociedade historicamente machista. Fica aqui o nosso apelo e dica, para que o surf feminino, principalmente as atletas de base, que seja mais visto e apoiado, pois essa onda logo será dominada por elas e quem tiver melhor posicionado vai dropar do pico.

Surfista Gabriela Leite

A surfista Gabriela Leite, atleta free surf, ex-competidora, é um exemplo de talento feminino que lutou por apoios e patrocínios e agora surfa por lazer. Quantas “Gabrielas” mais passarão sem ter o devido valor e reconhecimento?

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Não vai deixar de pegar as melhores ondas e ter uma boa remada por falta de uma boa alimentação!! Com certeza faz toda a diferença entrar na água bem alimentado e fazer a reposição no pós surf para uma boa recuperação muscular e do sistema imune, ainda mais nesse inverno com água gelada e vento sul!
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